Bruno Cesar

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Seleção Brasileira!!! Sem copiar o Barça, sem voltar aos tempos de Dunga

Precisamos marcar lá na frente. Essa mensagem talvez tenha sido a mais repetida por Mano Menezes em suas entrevistas coletivas durante a Copa América. As atuações da Seleção Brasileira acabaram mostrando o contrário do que o seu comandante pensa. O Brasil tentou ser uma espécie de Barcelona e "abafar" o adversário. Não conseguia fazer isso durante os 90 minutos, mas teve um relativo sucesso em forçar o chutão, ou nos melhores casos, um erro de passe que lhe devolvesse a posse de bola. Mas os melhores momentos da equipe na competição vieram quando os jogadores se posicionaram um pouco mais recuados no campo. Não tão recuados que o posicionamento lembrasse os tempos de Dunga, quando a cada chance que tínhamos, nos colocávamos atrás da linha da bola e esperávamos para contra-atacar com extrema eficiência. Apenas recuados o suficiente para que o desarme fosse seguido por uma jogada em velocidade, com espaço suficiente para que nossos homens de frente, notórios condutores de bola, tivessem liberdade para arrancar.


Como bem pontuou o técnico da Seleção, a história do futebol brasileiro dita que, sem a bola, recuamos nossas linhas de marcação. Não é por acaso. O Brasil sempre foi mortal nas trocas de passes para furar defesas fechadas, mas tratava de transformar vitórias em goleadas quando o adversário saía para o jogo em busca do empate. Não sei se foi o próprio Mano que encontrou esse meio termo entre a pressão total e a retranca, a agressividade na marcação e a entrega da bola ao adversário. O que é certo é que funciona. Se a campanha fracassada na Copa América trouxe algo de positivo, é o encontro dessa solução. Resta saber se nosso comandante a aceitará.

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